Um grupo de estudantes do 9º ano é deixado numa ilha isolada levando apenas um mapa, alguma comida e várias armas (todas elas diferentes para cada um dos estudantes). Terão de se matar uns aos outros até ficar apenas um sobrevivente, ou serão todos dizimados. É esta a premissa do controverso Battle Royale do realizador veterano japonês Kinji Fukasaku.O principal problema de Battle Royale é o de parecer que estamos na presença de um grupo de adolescentes a praticar uma espécie de paintball mas… com armas reais. E qual a razão pela qual os adolescentes foram seleccionados para merecer tamanho castigo? É uma medida ultra-radical, do governo japonês, do novo milénio, à beira do colapso, na tentativa de servir de exemplo para uma juventude cada vez mais violenta e de uma sociedade cada vez mais dispersa. É, por isso, seleccionada uma turma à sorte por um antigo professor (interpretado por Takeshi Kitano). Será credível essa premissa? Mesmo eu não sendo grande conhecedor da cultura japonesa, parece-me um pouco forçado e ilógico.Os primeiros 20 ou 30 minutos do filme são razoavelmente bem conseguidos. A partir daí é assistir à caça dos estudantes e consequente morte, que será comunicada pelo a uma determinada hora, diariamente. Aliás, o que se pode afirmar que é um ponto positivo da película são as interpretações dos jovens actores e do conceituado realizador/actor, Takeshi Kitano.Depois, há os clássicos clichés dos filmes do género: O psicopata sedento de sangue que escolhe sempre os opositores que são (quase) apanhados, pois no limite, escapam sempre; o génio de informática; O rapaz obeso” A vaidosa e popular rapariga; e o romance entre dois adolescentes “normais”; entre outros.Apesar das interpretações não comprometerem, não há, na realidade um grande estudo e desenvolvimento de personagem. A fotografia é óbvia e repetitiva. a nível de montagem, os flashbacks intermédios só servem para piorar a situação e a música também não é uma grande valia para a película.Apesar de tudo, Battle Royale, foi um grande sucesso asiático, sendo altamente controverso no pais de origem e atingindo o estatuto de culto, pelo mundo innteiro, dando origem a uma sequela que aquando da estreia coincidiu com a morte do seu realizador Kinji Fukasaku.Pessoalmente, penso que Battle Royale não traz nada de novo e apresenta inúmeras falhas de realização e buracos de argumento. Não apresenta nada a nível de inteligência, consistência e acima de tudo, beleza estética cinematográfica, tão característica do cinema asiático. No entanto, para quem quiser ver 30 maneiras diferente de matar um oponente, este filme é o indicado.
Hello world!
Há 4 anos
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